VIA RETAL
Os fármacos administrados por via retal podem ter objetivos terapêuticos locais (fármacos para o tratamento de hemorroidas, laxantes, anti-inflamatórios para o tratamento de colite ulcerativa, por exemplo) ou sistêmicos. A absorção por via retal é irregular, incompleta e mais lenta do que a via oral, pois, ao contrário do intestino delgado, na região retal há ausência de vilosidades. Constitui em uma via alternativa para administrar fármacos em crianças, pacientes comatosos e em estado convulsivo, doentes mentais e aqueles que apresentam náuseas e vômitos. As formas farmacêuticas mais comuns são as soluções e suspensões (enemas), supositórios e pomadas. Fármacos que são destruídos ou inativados pelo pH gástrico ou por enzimas digestivas podem ser administrados pela via retal. O supositório deve ser corretamente introduzido na parte inferior do reto para que, no ato de sua absorção, suas moléculas se desviem da circulação porta-hepática, evitando o efeito de primeira passagem. Cerca de 50% do fluxo sanguíneo que sai da via retal desvia-se da circulação porta-hepática. Entretanto, ao administrar um fármaco pela via retal deve-se ter certeza de que este não é irritante para a mucosa retal, pois muitos fármacos são.
VIA SUBLINGUAL
Na via sublingual a área superficial disponível para absorção é pequena. A drenagem sanguínea da boca vai para a veia cava superior, desviando-se da circulação porta-hepática e protegendo o fármaco do efeito de primeira passagem do fígado e intestino. Certos fármacos podem ser inativados pelo baixo pH gástrico ou por enzimas digestivas, se absorvidas por via sublingual, essa inativação pode ser evitada. A absorção por via sublingual é muito rápida e facilitada pela existência de epitélio estratificado pavimentoso não queratinizado e pela rica vascularização. A biodisponibilidade por essa via pode ser maior do que pela via oral, porém, deve-se assegurar que o paciente não engula a preparação. Comprimidos para administração sublingual não possuem revestimento, são prontos para a absorção. Uma vez que o comprimido tenha sido colocado embaixo da língua, o paciente deve permanecer com a boca fechada e evitar engolir saliva o tanto que conseguir. Os efeitos farmacológicos começar a aparecer em cerca de 1 a 2 minutos após o início da administração. Fármacos para administração sublingual devem ser exercer seus efeitos em doses relativamente baixas (potentes) e devem possuir boa solubilidade em água e membranas lipídicas. Doses mais altas podem ser irritantes para a mucosa sublingual e provavelmente serão lixiviadas pela saliva antes do fármaco ser absorvido.
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